segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Evangelismo via satélite da Igreja Adventista ocorre em novembro

Conferencista internacional, Alejandro Bullon, faz convite e chama atenção para a preparação antes do evento

[ACSR] A cada ano, a Igreja Adventista da América do Sul tem um período reservado para o chamado evangelismo via satélite, onde um orador ministra uma série de reflexões bíblicas durante uma semana, com transmissão ao vivo. Em 2012, o escolhido é o conferencista internacional, Alejandro Bullon, que ministrará a série "A Grande Esperança" entre os dias 17 a 24 de novembro.
A participação musical ficará com o quarteto Arautos do Rei, grupo musical que tem marcado presença no evangelismo via satélite nos últimos anos, e que possui 50 anos de existência. Abaixo, veja o convite do pastor Bullon, em vídeo.
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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

UMA NOVA INQUISIÇÃO SE APROXIMA?





Ao longo da história o dogmatismo, e o fanatismo religioso causaram marcas dolorosas na humanidade. Torturas, perseguições e toda sorte de malvadezas realizadas em nome da religião e porque não, em nome de Deus, embora Deus não seja nem autor, nem idealizador de nenhuma destas atrocidades que o homem ímpio realizou. Tais ações levaram o cristianismo a extremos que Jesus jamais planejou para seu povo. O uso da força para coagir pessoas a irem contra suas consciências e seguirem um caminho que elas não desejariam trilhar, e mais ainda, ameaçá-las de prisão, fisco dos bens e dos direitos constitucionais aceitando imposições religiosas sejam elas de quaisquer ordens. Cristo apelava à razão humana com amor e esperava que seus filhos o seguissem pelo mesmo motivo. Jesus Cristo jamais usou de autoritarismo, força, pressão política ou social, para coagir a raça humana a segui-lo ou reconhecê-lo como Messias, jamais! Porém por séculos, e a história sempre se repete, temos visto líderes religiosos usando o nome do cristianismo ou da religião, para impor por métodos assassínios, cruéis e malévolos seus dogmas. E vez ou outra a história está a repetir-se. Recentemente tem havido em toda a Europa, e está se expandindo para o mundo, um movimento em prol do DOMINGO como dia institucionalizado de repouso para todos. Um movimento organizado por órgãos sindicais e líderes católicos com o fim de estabelecer por meio de leis um dos dogmas mais emblemáticos da igreja de Roma - o Dies Domini. Diversas empresas tem aderido ao movimento graças a uma maciça campanha publicitária e iniciativas de grupos sociais.
A campanha tenta sensibilizar empresários e líderes políticos a criarem leis que determinem que trabalhadores sejam obrigatoriamente liberados por seus empregadores de sua labuta aos domingos para que se dediquem à família e a religião. Nos Estados Unidos uma campanha está sendo programada para setembro deste ano, o slogan é “National Back to church on Sunday!” (Campanha Nacional de volta a igreja aos domingos!) corroborando com a carta do papa João Paulo II - Dies Domini, que conclama todos os cristãos à “santificação” do domingo como dia da família e da religião cristã.
 Entrarei, sim, no mérito da questão, mas não agora, e não neste artigo, quero apenas salientar os métodos sutis com os quais a igreja romana sempre impõe seus dogmas, o uso da força política e de coerção social para que os dissidentes e discordantes de suas doutrinas sejam vistos como criminosos, hereges, ou ameaças ao bem-estar da sociedade. Foi assim no passado e assim será. Não há nada novo debaixo do Sol.

                      Como não é de se admirar, os poderes políticos e religiosos vez ou outra se unem para impor os interesses de Roma ao mundo. Nossa constituição é mais uma evidência disto. No artigo 7º, inciso XV, lemos: “repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos” (grifo meu). Ora, em um estado laico não se pode privilegiar um grupo em detrimento de outros, desta forma, como ficam Judeus, Adventistas, Mulçumanos e outras ramificações religiosas que observam dias de guarda diferentes dos Católicos? O sábado e a sexta-feira também são observados religiosamente por fiéis ao redor do mundo, e no Brasil, estes estão, ou deveriam estar amparados na mesma Constituição Federal que diz em seu artigo 5º, incisos VI, ser “inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;” e inciso VIII, onde reza que “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;”(grifo meu); Parece contraditório, não? Nossa Constituição foi batizada no catolicismo!
            Embora todas as justificativas para se ter um dia de descanso sejam plausíveis e estejam de comum acordo com diferentes confissões religiosas, nenhum poder jamais deverá interferir na liberdade de crença e de consciência dos seres humanos, este é um direito inalienável, intransferível, e deve ser protegido por nossos juristas, legisladores e governantes.
            Por tanto, campanhas religiosas e sindicais para imposição de leis (dogmas), de caráter religioso ou filosófico, sobre cidadãos livres é um crime contra a liberdade de consciência e deve ser tratado com tal, do contrário, veremos as fogueiras da inquisição serem acesas novamente e suas guilhotinas e outras máquinas cruéis de tortura reativadas sob os mesmos motivos que um dia as trouxeram a existência – trucidar os que discordam de Roma!
            Se querem estabelecer que se cumpra o direito do repouso semanal que o façam respeitando um outro direito constitucional e inviolável, o de liberdade de consciência e de crença, dando a cada cidadão o direito de repousar no dia que sua crença lhe determina. Fazei aqueles sem omitir estes!


Kallyanderson F. Santos